Surpreende-me o estrangular dos lábios quando te olho…
manhã a contra luz suspensa pelo teu quarto,
qualquer temor nocturno,
ontem esquecida a janela entreaberta…
a nossa urgência pelo chão…
quando te olho assim e todo o teu corpo pesa esse adeus,
sei que o silêncio estará profundamente em conseguir
outro passo sem olhar para trás…
o teu rosto inclinado…
e procuro pelas tuas rugas o desespero de uma virtude,
estreitar-te pelas mãos em tudo quanto de ti
seja mais que uma impressão…
o teu rosto naufragado na possibilidade de um incenso…
surpreende-me a fragilidade desse aroma em que te desarrumas,
encostado a uma serigrafia de flores…
a serenidade da tua geografia,
cúmplice na ferocidade que entre os teus braços dos mapas
arrebata essa distância…
quarta-feira, janeiro 18, 2006
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